quinta-feira, 16 de maio de 2013
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*NEVAR*
É noite...
Chegaste num vôo louco
Bruma intempérie a planar
Nos arredores do chão.
A vida...
Que corre nas vilas
Em forma de pais, mães e filhas
É a sua obcessão.
Quem dera...
O abraço de suas lúgubres asas
Fôsse a benção que minh'alma
Ansiava por receber.
Tua boca...
Mapeando minha face ponto a ponto, explorada
Na beleza do MORDER.
Nesta face...
Que brilhava em alvo mármore
Bem tratado e sutil
Jamais visto por aqui.
Tão lasciva...
Pela força, libertadas
Brotaram de sua boca, ativa
Gotas do mais puro rubi.
É Noite - A Vida...
Quem dera - Tua boca...
Nesta face - Tão lasciva!
(II)
Então você partiu
Com os lábios e os seios
banhados de fresca vida
deixando-me o estigma.
Do choro rubro do corpo
Que formava entre as curvas
O mapa do fim da vida.
Passaram-se séculos
E o flâmeo ósculo, tilinta
O meu doentil pensar:
- Se és de morte nosso caminho
Se é, em pó e sombras
Que vamos terminar;
Quão maldita vida lança
Que vamo-nos trilhar?
(Iam Godoy)
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